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segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Não Há Distância Que Nos Separe


Olá a tod@s os meus leitores!

Obrigada pelas visitas, é sempre uma enorme alegria ter certeza de que o meu blog está a ser lido.

Estou a preparar este post, deitada na cama. Quando estou na cama, fico mais criativa e com maior disponibilidade para escrever. A noite não é somente uma boa conselheira, é também uma boa companheira. Tendo certas características do planeta Plutão no meu Mapa Astral, aprecio a noite. De noite fico mais enérgica, quer seja para trabalhar como para usar a minha criatividade, ou para me refugiar nos meus hobbies. Adoro escrever de noite. As minhas reflexões são bem mais profundas, principalmente, porque estou mais disponível para ouvir a minha intuição e o que o meu coração diz.

Esta noite estou muito pensativa, mas pela positiva. Estou a tentar compreender se estou a proceder bem, ou se estou a cometer erros. E se estiver preciso concertar isto. Preciso de uma solução. Preciso de uma segunda oportunidade...

Hoje vou falar de Amor Incondicional. Alguém sabe o que é?

Quem não sabe, vai, portanto, ficar a saber. Assim, aqui vai...

AMOR INCONDICIONAL

Este é um sentimento que preciso aprender a desenvolver e a sentir, mas não só pela minha Mãe, pelo meu irmão, pelos amigos, como também pela pessoa que amo. Isto faz parte do meu karma, está no meu Mapa Astral. Preciso aprender e desenvolver isto. Mas afinal... O que é o amor incondicional?

Muitas pessoas fazem-me esta pergunta e após responder, acusam-me de ser maluca. Dizem-me que essa é uma coisa dificílima de alcançar. Mas também se fosse fácil, não teria graça nenhuma, certo?

É difícil, mas não é impossível. Segundo, alguns autores que escrevem acerca da espiritualidade, como por exemplo, o Dr. Brian L. Weiss em “O Passado Cura”, ele menciona casos de pacientes seus, a quem fez terapia de regressão a vidas passadas. Lembro-me de um caso em que uma das suas pacientes não se conseguia relacionar com o filho na vida actual e ao fazer regressão, ela viu uma vida em que eles se odiavam e que noutras vidas posteriores, tentaram resgatar esse karma de várias maneiras mas sem qualquer sucesso. Então, na vida presente viriam como Mãe e filho, pois o amor de Mãe é um Amor Maior, é um Amor Incondicional.

Brian L. Weiss é psiquiatra e hipnoterapeuta norte-americano, que faz terapia e regressão a vidas passadas através da hipnose. É autor de vários livros: “Muitas Vidas, Muitos Mestres”, “A Divina Sabedoria dos Mestres”, “Espelhos do Tempo”, “Só O Amor É Real” e como já mencionei à pouco “O Passado Cura”. Mas não é somente Brian L. Weiss que fala no Amor Incondicional, a Astróloga Karmica brasileira Dulce Regina é também autora de livros que falam neste tema mas direccionando-o às Almas Gémeas. Escreveu: “Alma Gémea – Em Busca da Luz”, “Almas Gémeas – O Encontro e a Busca” e “Vidas Que Se Repetem”. Neste âmbito, a autora fala de karma e do Amor Incondicional entre casais heterossexuais.

Porém, neste meu artigo de blog que é um artigo baseado na minha experiencia pessoal e resulta também da minha opinião formada através de livros que tenho lido até à actualidade, vou explicar o que é o Amor Incondicional para quem não sabe ainda o que é.

Segundo o que tenho lido, O amor incondicional - é um amor puro, este provém do coração. Este modo de amar, não exige nada em troca, apenas dá. É um amor despojado de interesse, sem ciúmes, sem querer possuir, sufocar e controlar o outro. É um amor que se dá sem intenção de receber. É uma entrega total, é confiar, é acreditar e é poder partilhar as nossas coisas com a pessoa amada, mesmo que sejam coisas triviais do dia-a-dia. É sobretudo respeitar e dar-lhe o seu espaço.

Entendem agora o porquê de me chamarem maluca?

Pois é, já sei que sou maluca! J No entanto, eu tenho tentado aprender a amar assim e estou a conseguir realizar esta proeza. Sim, é verdade!

Não quero de modo algum ser exigente com ela, nem impor-lhe o meu amor, muito menos pressioná-la a fazer seja o que for contra a sua vontade. Só quero amar, somente dar-lhe amor, poder partilhar o meu mundo com ela na alegria e na tristeza, mas acima de tudo fazê-la feliz. Se conseguir fazê-la sentir-se feliz e fazê-la sorrir, é como ver um grande e bonito Arco-Íris, é como estar às portas do Céu. É como se o seu sorriso fosse a chave da porta do Paraíso, embora para mim seja isto e muito mais, é quase como conquistar o mundo. Ver o seu sorriso de felicidade faz-me também feliz.

Exagero?

Não, é amor. J

Quando se ama verdadeiramente tudo muda na nossa vida. É verdade, acreditem-me. Encantamo-nos por aquela pessoa a cada dia e a admiração vai aumentando gradualmente, transformando uma paixão ardente num amor profundo. Sem admiração, não há amor.

Porém, como se faz para demonstrar-lhe que meu amor por ela é incondicional?

Como fazê-la entender que não estou com segundas intenções?

Como fazê-la compreender que este tipo de amor é diferente e que não é um amor materialista?

Que é aquele que dá, mas que não exige o retorno, como fazer isto?

Como demonstrar-lhe?

Assim, depois de muito meditar nesta questão decidi postar aqui no blog. Não sei se ela vem cá ler, mas esta é a minha tentativa. Estou apenas a desabafar, a abrir o peito, a deixar o meu coração falar. Espero que ela consiga compreender-me, desta maneira.

Eu não quero nada em troca, repito: quero apenas transmitir o meu amor, quero amar. Só isto.

Despeço-me de todos os meus leitores e seguidores, com mais uma poesia do meu livro O Que O Meu Coração Diz, que também dá nome a este blog.

Espero que gostem.

Obrigada.

Beijos para tod@s,

Cris Henriques.
(Clique na fotografia para aumentar e poder lêr a poesia.)


P. S. - A fotografia é da amiga Susana Alves.

Obrigada amiga.

Beijinhos.




Esta música é de Susanna Hoffs e chama-se Unconditional Love, -- em português Amor Incondicional. Susanna Hoffs era a vocalista da já extinta banda Rock The Bangles, que na década de 80 teve um grande sucesso. Esta era uma banda só constituida por raparigas e os seus maiores exitos foram: Manic Monday, Walk Like An Egiption e Eternal Flame.

Quem não se recorda destas músicas?

Sei que no post anterior, já tinha escolhido esta canção mas depois encontrei este vídeo tão bonito, que consegue ilustrar tão bem o que sinto que não resisti em colocá-lo aqui. Então, dedico-o aquela mulher que Amo Incondicionalmente.

É para ti e eu sei que sabes quem foste, quem és e quem serás sempre para mim. Espero que ainda te lembres disto...

"Só o facto de saber que tu existes, ajuda-me a viver."

Saudades imensas, de partir o coração...


domingo, 24 de julho de 2011

Travessia do Deserto

Olá a tod@s!


Desculpem a minha ausência tão longa desta vez… Não foi voluntária, nem propositada mas aconteceu. É a vida, são os afazeres e às vezes os problemas. Afinal, todos temos cenas destas na nossa vida, não existem vidas perfeitas na terra e quem acreditar nisso, é doidinh@. J Mas tudo bem, nós damos um desconto...


Ora bem, antes de começar a escrever este post, quero agradecer a tod@s @s espíritos que seguem o meu blog pelo facebook, pelo twitter, etc. Refiro-me aos espíritos encarnados, mas também aos que estão desencarnados. Muito obrigada e mesmo sem escreverem nenhum comentário, agradeço-vos a tod@s os meus visitantes e seguidores que me lêem e me acompanham.


Hoje o tema que escolhi para falar aqui no blog foi a traição a nível sentimental.


Porquê este tema?


Porque é um tema que mexe muito com as pessoas, neste caso ser LGBT é irrelevante porque este assunto afecta a sociedade em geral.


Quero falar também acerca deste assunto publicamente, porque este blog é o local onde tento expandir o que o meu coração me diz, o que me vai na alma. Foi assim que nasceu o meu livro e este blog. Sinto que deste modo estou a fazer psicanálise a mim própria e a interiorizar as minhas experiências. Esta é uma forma de fazer uma terapia a mim própria, colocando em prática alguns conhecimentos esotéricos que tenho vindo a aprender.


De que vale o estudo teórico das coisas sem as colocarmos em prática?


Também não me parece que tenha sentido tentar ajudar alguém sem ter passado da teoria à prática. É como se estivesse apenas a fazer algo para ter um cantinho no Céu. Na minha opinião, antes de passarmos o ensinamento devemos testá-lo e ver se realmente funciona. Assim, sim. Todavia, para este método resultar, tenho de ter uma mente aberta e aceitar que estou no meu limite. Tenho de acreditar que este método é bom e que resulta.


Certo?


Então, cá vai…


TRAIÇÃO


Como é que se deve lidar com uma traição sendo nós a parte sofredora, a vítima, como dizem alguns?


Não gosto de atribuir a expressão de vítima, mas foi a que me ocorreu neste preciso momento. Sinceramente, não sei lidar com a traição. Já passei por isso e digo que não é nada bom de sentir, muito menos de se ter consciência. É uma dor inexplicável cá dentro do peito, que imediatamente me despoleta a raiva, a fúria, os ciúmes e, por fim chegam a desilusão e a tristeza imensa. Quando tenho conhecimento de que estou a ser traída, choro compulsivamente no escuro, sozinha, isolo-me e desapareço da vista daquela pessoa por uns tempos para pensar, para decidir o que fazer à minha vida e pôr as ideias no lugar. Fico a curtir o desgosto e a depressão, até me esgotar. Não sei agir de outro modo. É chorar de amor, é perder-me no desânimo... Não tenho vergonha de confessar que choro por amor, esta é a verdade e quando se ama verdadeiramente, chora-se sim.


Mais tarde, tento raciocinar. Tento raciocinar para compreender o que aconteceu, para encontrar o erro que foi cometido. A culpa é sempre de ambos, temos de ser realistas. Não faz sentido culparmos a outra pessoa apenas, porque uma relação é construída a dois e às vezes, destruída a dois. Há que procurar o erro e tentar corrigi-lo. Penso que se deve dialogar acerca do acontecido com quem amamos, só então conseguiremos entender.


Hoje em dia, a traição não é só quando temos contacto íntimo, sexual, ou quando temos sentimentos afectivos por outra pessoa. Agora também existe a traição virtual, para mim este modelo de traição também é válido e genuíno. Esta é cada vez mais frequente. Não é nada agradável ver comentários sedutores no perfil online do nosso Amor, numa rede social comum.


Não concordam?


Quanto ao perdão... Devemos ou não perdoar?


Ora bem, isto depende do estado evolutivo espiritual de cada um. Na minha opinião, devemos perdoar quando existem sentimentos verdadeiros, dando uma segunda oportunidade, principalmente quando essa pessoa está arrependida. Aí, nós devemos pôr um ponto final parágrafo na história e começar um novo capítulo após estarmos conscientes dos erros cometidos. Esta é a primeira fase.


A seguir, numa segunda fase devemos reconquistar o nosso amor e tentar conhecê-la novamente. Afinal, esta já não é a mesma pessoa que conhecemos antes e nós também não somos. Tudo mudou, somos outras pessoas. Com o sofrimento amadurecemos. Com a desilusão amadurecemos. Assim, penso que quando existe amor vale a pena voltar e tentar de novo.


No entanto, também acontece nós perdoarmos e a pessoa dizer que se arrependeu sem realmente ser verdade. Ela não se arrependeu de ter traído, o que se passa é que ela é uma daquelas pessoas que tem medo da solidão. Não sabe estar na sua própria companhia, porque não se conhece a si mesma. Este tipo de pessoa é egocêntrica, porque preocupa-se mais em receber amor do que em retribuir. Não sabe dar. Só sabe receber e é insatisfeita, exigente e quer sempre mais de nós. Ela não sente falta de nós, apenas sente falta de ser o centro do mundo para alguém, é como se fosse uma rainha e nós o seu povo em que ela pode subjugar com seu poder de sedução. Ela usa-nos e abusa do nosso amor divertindo-se a nossa custa.


Para mim, este tipo de pessoa nunca vai mudar, a menos que se apaixone verdadeiramente e alguém lhe dê a provar do seu próprio veneno… Porém, esta aprendizagem nem sempre se faz na vida presente. Esta aprendizagem muitas vezes acontece noutras reencarnações.


Então, chega. Esta pessoa não sabe amar e talvez não chegue a saber nesta vida presente. Vai andar de mão em mão saltitando de relacionamento, em relacionamento até sentir na pele e se arrepender. Mas o arrependimento, é outro artigo que falarei noutro post. Então concluo-o com a seguinte reflexão: perdoa quando existe um sentimento verdadeiro e este é recíproco, caso contrário prossegue a tua vida. Mais vale só, que mal acompanhada.





Deixo-vos com um poema do meu livro de poesia lésbica O Que O Meu Coração Diz, que se chama: Travessia do Deserto.
<>  <> 
(Clica na imagem para ampliares e leres melhor o poema.)

*Nota: Escrevi-o num momento difícil da minha vida, tudo parecia estar de pernas para o ar e também sentia o mundo todo contra mim. Apesar da minha resistência entrei em depressão e sentia-me só, porque estava longe de ti. No entanto, algo mudou e tu voltaste. Então, a tempestade passou e eu voltei a sorrir.



Todos nós atravessamos desertos em certos momentos das nossas vidas. Estas travessias surgem no nosso caminho para que nós nos tornemos em pessoas melhores, pessoas mais sensíveis, mais humanas. É como um teste, uma prova muito dura que o destino nos propõe para que reflitamos acerca das nossas metas e se realmente queremos atingir aquele objectivo. Se aceitarmos o desafio, uma grande tempestade surge e devasta tudo ao nosso redor. Se sobrevivemos, muito bem, o sol volta a brilhar e regressam os dias soalheiros. A vida volta a sorrir-nos.



Se desistirmos, tudo à nossa volta pára no tempo e é como se ficássemos perdidas no mar sem nada para nos guiar. Portanto, todos os esforços anteriores foram perdas de tempo e perdemos o que tanto queriamos. É por isso que eu nunca desisto de nada. Se vencer, muito bem. Se não, vou reflectir e rever que erros cometi. Mais tarde voltarei a tentar e aí, então vencerei.



Actualmente, estou numa nova travessia do deserto e tem sido bastante penoso. Não sei quando chegarei ao fim, mas sei que não vou desistir.


Espero que gostem do vídeo: Susanna Hoffs - Unconditional Love. Isto é o que busco e preciso de alcançar, um amor incondicional.





Obrigada e até ao próximo post,
Cris Henriques

domingo, 3 de abril de 2011

Teus Lábios

Olá a tod@s!

A Primavera finalmente chegou e o pólen que vagueia no ar, faz-nos sonhar e ter mais disponibilidade para a paixão e para o amor. Quem está sozinh@ procura por um novo amor, mas quem já tem um amor volta a conquistar quem ama. Volta a cortejar seu amor, renovando o relacionamento.

Assim, hoje vou falar de amor e do é que ser lésbica, porque sei que há muitas pessoas que não têm a mínima noção do que isto significa. Tenho ouvido comentários tão absurdos e tão cheios de ignorância, tão cheios de preconceitos que penso que seria uma boa ideia escrever um texto acerca do que é ser lésbica.

Gosto muito de escrever, principalmente acerca do amor e de homossexualidade. Falar destes temas fazem com que me sinta equilibrada e em harmonia. Penso que a escrita é uma arma, cabe a cada um de nós utilizá-la como melhor sabe. Eu escolhi o amor, pois através dele tudo é possível. O amor transforma o mundo, basta darmos-lhe uma oportunidade e tudo muda. Tudo se renova e transforma, só é preciso amor.

Assim, dêem uma oportunidade seja da forma que ele exista, pois o amor é sempre amor. Não quero com os meus posts magoar, ou provocar alguém. Quero apenas dar a conhecer que o amor tem muitas variantes, muitas formas.

Então, aqui vai a minha designação do que é ser lésbica e do que é o amor lésbico. Peço desculpa aos gays, porque hoje o texto foi escrito e dedicado para nós lésbicas. Sendo eu uma mulher, não posso falar e acho que não sei exprimir o que sente um homem por outro homem, embora pense que o que eles sentem seja na mesma proporção ao que nós sentimos por uma mulher.





SER LÉSBICA

Ser lésbica, não significa apenas sentirmo-nos atraídas por mulheres, ou termos relações sexuais com elas. Ser lésbica não é participar de orgias e “papar” todas, isso é viver na luxúria e ser leviana. Sexo é bom mas não é tudo. O sexo é bom mas quando é feito com amor, é um dar e receber de sensações que nos funde no ser do nosso amor.

Já fiz esta afirmação noutros posts anteriores e, sem pretender repetir-me, digo apenas que experiencio esta afirmação a cada dia e que a cada dia, esta mesma afirmação torna-se mais consciente para mim, permanecendo no meu espírito.

Nós lésbicas, prescindimos dos homens porque nos bastamos a nós mesmas. Somos mulheres e isto faz toda a diferença. Amamos mulheres e elas complementam-nos em todos os sentidos, basta-nos um olhar terno e um abraço carinhoso. Um beijo para nós, não é sinónimo de sexo e ninguém fica amuado por não ter tido nessa noite. Desenganem-se e desistam os homens heterossexuais que pensam que nós lésbicas somos lésbicas, porque não tivemos um homem “à séria” que nos satisfizesse sexualmente. A única coisa que pode aproximar uma lésbica de um homem é somente a amizade. Desiludiam-se os que pensam que podem “converter” uma lésbica em heterossexual, com uma noite de sexo. Uma verdadeira lésbica, nem se quer pensa em “provar”, isso é não é uma coisa natural para nós e nem tem qualquer sentido.

Não se trata de sexo, trata-se de “amorzade” – amor e amizade, companheirismo. Ser lésbica, ou gay é tão natural quanto ser heterossexual. Já nasce connosco e a maioria de nós sabemos isto desde que temos consciência. Quem diz que é uma fase, não se quer é assumir por terem medo do preconceito. Mas pronto, cada um sabe de si. Ninguém tem a obrigação de se assumir. Porém, também ninguém consegue viver dentro do armário para sempre, a tensão vai aumentando tal como a pressão e nós acabamos por nos assumirmos mais tarde ou mais cedo, é uma questão de tempo.

Quando nos apaixonamos, é sempre algo que supera o lado físico. É uma coisa que nos toca o coração. Uma lésbica, é uma mulher que busca o amor, muitas vezes incessantemente e quando o encontra, torna-se mais madura e também mais responsável. Este sentimento, muitas vezes nasce de uma amizade e quando “acordamos”, estamos apaixonadas mas de uma forma que atribuo o nome de estar enamorada. O amor nasce e cresce de uma forma rápida, mas ganha uma grande profundidade. Isto sucede porque o amor é puro, quando começa com uma amizade e é assim, que aprendemos outra forma de amar: O Amor Incondicional. Este tipo de amor, é dos mais difíceis de praticar e de aprender. É amar sem exigências, sem esperar receber amor. É simplesmente Amar. É um amor d'alma e quando temos relações sexuais, não se chama assim, mas também não se diz ter sexo. Chama-se fazer amor. É um momento especial onde existe a fusão de corpo e de alma, a entrega. O nosso fazer amor é um momento poético. Sentimo-nos completas de corpo e de alma, especialmente após o orgasmo.

Num relacionamento entre pessoas do mesmo sexo, não existe um que imponha a sua autoridade mandando e fazendo com que a outra pessoa obedeça. Neste relacionamento tudo é partilhado e decidido em conjunto pelo casal. Não há portanto domínio nem escravidão de parte a parte, não há cobranças e nem ciúmes. Só existe o Amor. O amor comanda a relação e só ele é real. E se um dia vos perguntarem o que é o amor, digam somente isto: “O amor não é uma reflexão, é um sentimento e, quem muito pensa no amor, por certo nunca amou”.

Este sentimento provém do coração e a este pertence. O amor é o que nos faz nascer, amadurecer e perecer. Mas quando perecemos em Amor, perecemos em felicidade. O amor é a nossa luta, o nosso sentido de vida, o nosso ideal, a nossa utopia. É uma doce, ou amarga quimera, depende pois de nós e do nosso karma para resgatar. Quem baixa os braços e não luta por seu amor, por certo não sabe amar.

E para quem ainda tem preconceitos e vê a homossexualidade como uma coisa imoral, perceba que é o Amor que une toda a gente. O Amor não escolhe sexualidades, não, o Amor escolhe pessoas que têm capacidade de amar.

A homossexualidade não é um crime. Um crime é: roubar, matar, é sodomizar, abusar de crianças, desprezar e colocar idosos em lares e esperar que eles morram, para receber as suas heranças. Isto sim, são crimes. São crimes cruéis. Crimes hediondos.

Amar não é crime.

Pensem nisto:

Não Julgues! Não Critiques! Não Te Vitimizes!

Abraços e beijos a quem me segue, a quem me lê…

Deixo-vos com mais uma poesia do meu livro «O Que O Meu Coração Diz», espero que gostem desta e também do texto.

Obrigada,

Cris Henriques.




Saudades de ti...

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Noite Enluarada

“Goat,


Como é que nos apaixonamos? Damos um passo em falso? Tropeçamos, perdemos o equilíbrio e caímos no passeio, esfolando o joelho, esfolando o coração? Embatemos contra o chão de pedra? Será um precipício, à beira do qual flutuamos para sempre?

Sei que sinto paixão quando te vejo. Sei-o quando desejo ver-te. Sem que um único músculo se mova. Não há qualquer brisa que agite as folhas. Não corre uma aragem.

Apaixonei-me sem dar um passo. Quando é que isto aconteceu? Não deu se quer tempo de fechar e voltar a abrir os olhos.

Estou em chamas. Será assim tão banal, para ti? Sabes que não. Vais ver. É o que acontece. É o que importa. Estou em chamas.

Já não como, esqueço-me de comer. A comida parece-me ridícula, irrelevante. Isto quando reparo nela. Mas não reparo em nada. Os meus pensamentos estão cheios e enfurecidos, uma casa cheia de irmãos, irmãos de sangue desavindos:

- Apaixonei-me.

- Opção tipicamente estúpida.

- O certo é que o meu coração está destroçado, como se o amor fosse dor.

- Avança. Dá cabo da tua vida. Está tudo errado e tu sabes. Acorda. Admite-o.

- Vejo apenas um rosto, é tudo o que vejo na vigília e no sono.

Ontem à noite atirei o livro pela janela. Tentei esquecer. Não és de todo a pessoa indicada para mim, eu sei, mas já não quero saber dos meus pensamentos a não ser que sejam sobre ti. Quando estou perto de ti, na tua presença, sinto o teu cabelo tocar o meu rosto quando isso não acontece. Desvio o olhar, às vezes. Depois torno a olhar.

Quando aperto os sapatos, quando descasco uma laranja, quando conduzo, quando me deito todas as noites sem ti, serei,

Para sempre,

Ram”

Excerto do livro «A Carta de Amor», de Cathleen Shine.



“10 de Setembro de 1965



Querida Francesca,



Aqui vão duas fotografias. Uma delas foi a que te tirei no campo ao pôr-do-sol. Espero que gostes tanto dela como eu. A outra é de Roseman Bridge antes de eu tirar o bilhete que tu lá deixaras preso.

Estou aqui sentado percorrendo as zonas obscuras da minha mente em busca de cada pormenor, cada momento, do tempo que passámos juntos. E não paro de me perguntar - "O que foi que me aconteceu em Madison County, Iowa?" E esforço-me por conseguir compreender. Foi por isso que escrevi o pequeno texto "A queda da Dimensão Z", que te envio, como forma de tentar pôr ordem na minha confusão.

Olho através de uma objectiva, e tu estás ao fundo dela. Começo a trabalhar num artigo, e é sobre ti que escrevo. Nem sequer estou certo de como voltei do Iowa para aqui. De alguma forma a velha carrinha trouxe-me de volta para casa, mas mal me consigo lembrar dos quilómetros que percorri.

Há algumas semanas atrás, sentia-me equilibrado, razoavelmente satisfeito. Talvez não profundamente feliz, talvez um pouco só, mas pelo menos satisfeito. Agora tudo isso mudou. Vejo agora claramente que tenho avançado na tua direcção e tu na minha desde há bastante tempo. Embora nenhum de nós tivesse consciência do outro antes de nos termos encontrado, havia uma espécie de certeza inconsciente que murmurava alegremente por debaixo da nossa ignorância, garantindo que havíamos de nos unir. Como duas aves solitárias sobrevoando as imensas pradarias por vontade divina, todos estes anos e vidas avançámos ao encontro um do outro.

A estrada é um lugar estranho. Nela andava eu arrastando-me, quando olhei para cima e tu estavas ali atravessando a erva em direcção à minha carrinha num dia de Agosto.

Retrospectivamente, parece inevitável – não podia ter sido de nenhuma outra forma - um caso do que eu chamo alta probabilidade do improvável.

Por isso agora debato-me com outra pessoa dentro de mim. Embora me pareça que me exprimi melhor no dia em que nos separámos, quando te disse que havia uma terceira pessoa que tínhamos criado a partir de nós os dois. E agora estou condicionado por esse outro ser.

Seja como for, temos de voltar a ver-nos. Não importa onde, nem quando.

Telefona-me, se precisares de algo ou se desejares apenas ver-me. Estarei à tua espera, seja quando for. Diz-me, se puderes vir até aqui alguma vez - não importa quando. Eu poderei tratar das passagens aéreas, se isso for problema. Parto para o Sudeste da Índia na próxima semana, mas estarei de volta no final de Outubro.



Amo-te,

Robert



P. S. O projecto fotográfico em Madison County resultou lindamente. Procura-o na NG do próximo ano. Ou diz-me se prefere que te envie um exemplar da revista quando sair.”



Excerto do livro: «As Pontes de Madison County», de Robert James Waller.



Olá amig@s!

Inicio o meu primeiro post de 2011 com estas cartas de amor. A primeira, faz parte do livro da autora Cathleen Shine – A Carta de Amor, como já está identificado. A segunda, faz parte do livro do Robert James Waller – As Pontes de Madison County. Gostei muito de ler estes livros, fazem-me sorrir em alguns momentos. Recomendo vivamente a leitura destas obras.

Estas cartas de amor, são das mais lindas que já li. A primeira carta, une dois sentimentos: a paixão e o amor. Sim, porque antes do amor geralmente surge a paixão primeiramente, isto é o que dizem os entendidos e segundo a minha experiência verifico que é assim. Já a segunda, fala apenas de sentimento: o amor.

Quando sabemos que é amor e não somente paixão?

Eu sei que é amor porque desde que a conheci, que vejo a vida com outros olhos. Tudo tem mais cor e mais luz. “Para mim és a luz ao fundo do túnel. És a luz que me resgatou das trevas e que me continua a resgatar delas, quando estas se aproximam. Sei que é amor, porque sempre que estamos em contacto o meu coração bate mais forte como da primeira vez e volto a apaixonar-me, mais uma e outra vez.” É amor, porque tudo me lembra ela. Só nela penso, com ela sonho acordada, ou adormecida, com ela me realizo e luto pelos meus sonhos. Sei que é amor, porque me sinto bem. Ela faz-me sorrir. Partilhamos sonhos e existe muito companheirismo. Os nossos momentos são doces e as saudades, às vezes são dolorosas. Chegam a desesperar-me e nesses dias mais nostálgicos, encontro consolo na minha almofada imaginando-a comigo até adormecer. Nestas alturas, tento distrair-me com o trabalho, com um filme, ou até mesmo com um desenho animado que me faça rir e sabem que mais? Resulta. Fico mais leve.

Se sentes tudo isto, os meus parabéns! Encontraste o verdadeiro Amor.

Outras vezes, quando as saudades apertam demasiadamente não há ocupação e nem distracção que me valha e então, afasto-me por uns dias. Preciso pôr as ideias em ordem. Faço-o também porque me sinto sufocada num deserto chamado saudade e por esse motivo, fico muito sufocante e ela não aguenta. Penso que é melhor assim, não quero que se sinta sufocada. Não quero e nem gosto pressionar.

Para alguns, o que digo aqui acerca do Amor, são apenas palavras que se dizem na hora da conquista. No entanto, para mim, as coisas do Amor não são tão lineares assim. São mais profundas. Só as profiro quando amo e muitas vezes, nem as digo porque sou aquele tipo de pessoa com problemas de expressão e receio não ser compreendida. Então, olho para quem amo e no silêncio do olhar o meu coração diz o que vai cá dentro. No princípio fazia muito isto. Porém, ao longo do tempo tenho encontrado outras formas para que não surja aquele sentimento de dúvida da parte dela. Escrevo-lhe poesias, pensamentos, às vezes cartas, ou escrevo aqui.

O Dia dos Namorados está a chegar e eu só quero fazê-la sentir-se amada, para que ela saiba e sinta o que é o Amor. Este post é para ela, alias, como todos os outros, como tudo o que escrevo aqui, ou noutros lugares.

“Perdoa-me quando me afasto, apenas não te quero magoar…”

Termino com um poema do meu livro «O Que O Meu Coração Diz», alusivo ao tema e com uma música que gosto.

Obrigada a quem me lê e me visita.

Abraços e beijos,

Cris Henriques.

Até breve!

(clica na foto para leres melhor a poesia.)




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